Como enfrentar as incertezas: uma questão de vida ou de morte
“Se não se enfrentar as incertezas sobre os efeitos dos tratamentos, isso poderá resultar em sofrimento e morte em grande escala, perfeitamente evitáveis. Se quando o diazepam e a fenitoína foram introduzidos como anticonvulsivos para tratar eclâmpsia tivessem sido comparados com o sulfato de magnésio, que era usado
há décadas, menos centenas de milhares de mulheres teriam sofrido e morrido. Da mesma forma, se os efeitos dos esteroides sistêmicos para tratar lesões cerebrais traumáticas tivessem sido avaliados antes de esse tratamento ter sido amplamente adotado, dezenas de milhares de mortes desnecessárias poderiam ter sido evitadas. Esses são apenas dois exemplos de muitos que poderiam ter sido usados para ilustrar o motivo pelo qual os médicos têm responsabilidade profissional de ajudar a estudar as incertezas sobre os efeitos dos tratamentos.”
Chalmers I. Addressing uncertainties about the effects of treatments offered to NHS patients: whose responsibility? Journal of the Royal Society of Medicine 2007; 100:440.